segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PL 4330 poderá ser votado nas 5 próximas sessões da CCJC da Câmara

O nefasto Projeto de Lei nº 4330, de autoria do empresário e deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que permite a terceirização para todas as áreas das empresas, poderá ser votado nas próximas cinco sessões da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, conforme prevê despacho emitido nesta quinta-feira (26) pela mesa diretora da Câmara, presidida pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN). Após esse prazo, o PL 4330 deverá ser remetido para o plenário da Câmara.

Leia a íntegra da decisão da mesa da Câmara:

Despacho exarado no Requerimento n. 8.634/2013, conforme o seguinte teor: "Concedo o prazo adicional de cinco sessões à Comissão de Constituição, de Justiça e de Cidadania - CCJC para votar o parecer relativo ao Projeto de Lei n. 4.330/2004, após o quê deverá ser remetido ao Plenário, na forma do art. 52, § 6º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Publique-se. Oficie-se."

"Com essa decisão, precisamos intensificar ainda mais a luta contra o PL 4330, cuja aprovação tem sido barrada pela mobilização dos trabalhadores, com forte participação dos bancários", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT.

"Não podemos baixar a guarda contra o PL 4330. Cabe destacar que a greve dos bancários possibilita reforçar a mobilização na sociedade, buscando comprometer os deputados para que se posicionem contra esse projeto da terceirização que os banqueiros e empresários querem aprovar para reduzir os seus custos, precarizar o trabalho e turbinar os seus lucros", salienta Miguel.

Favela Fábrica

O vídeo Favela Fábrica retrata a crueldade do processo de terceirização com os trabalhadores, a partir da prestação de vários serviços terceirizados, desmascarando a especialização alegada pelos empresários.

Clique aqui para ver o vídeo.

Jornada Mundial pelo Trabalho Decente

No próximo dia 7 de outubro, a CUT e as centrais participam da Jornada Mundial pelo Trabalho, incluindo os pontos da Pauta da Classe Trabalhadora, especialmente a pressão contra a Terceirização.

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, reunido nesta quinta-feira, em São Paulo, decidiu chamar os bancários a participar dessas atividades.

Fonte: Contraf-CUT

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Bancários fecham 6.145 agências em todo o país no primeiro dia da greve


Os bancários fecharam pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta quinta-feira 19, primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. São 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%. Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. Em Duque de Caxias várias agências também não funcionaram no primeiro dia de greve.

O balanço foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados até as 18h30 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% dos 490 mil bancários do país.

"Os bancos empurraram os bancários para a greve com sua postura intransigente - e vão se surpreender. A forte paralisação, inclusive nos bancos privados, mostra a indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender nossas reivindicações, propondo apenas 6,1% de reajuste, enquanto seus altos executivos chegam a receber até R$ 10 milhões por ano", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. 

"Condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às reivindicações dos bancários, uma vez que somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Não aceitamos a postura dos bancos, de negar aumento real para reduzir custos", acrescenta Cordeiro. 

Para o presidente da Contraf-CUT, apesar dos lucros, "os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a discutir esses problemas". 

Os bancários aprovaram greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro. 

As reivindicações gerais dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


Fonte: Contraf-CUT

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Prefeita de Angra dos Reis vai encaminhar projeto de lei de segurança bancária

A prefeita de Angra dos Reis, Conceição Rabha, se reuniu na tarde da última quinta-feira com representantes dos bancários e vigilantes para tratar de segurança bancária. A administradora municipal se comprometeu a preparar um Projeto de Lei do Executivo para encaminhar à Câmara dos Vereadores, baseada nos modelos apresentados pelos trabalhadores.

Mãe de um bancário – e ex-professora do presidente do Seeb-Angra, Rogério Salvador – Conceição ficou muito sensibilizada com a situação da segurança bancária no município. Ela foi informada das falhas cometidas pelo Santander que permitiram o assalto no PAB da Eletronuclear, no qual morreram um bancário e uma vigilante. “Durante a reunião, os diretores do Sindicato dos Vigilantes de Angra contaram que é comum pessoas, principalmente idosos, saírem das agências após fazerem um saque e, minutos depois, voltarem assustadas, ou até chorando, por terem sofrido “saidinhas”. A situação na região está preocupante”, relata Paulo Garcez, diretor que representou a Fetraf-RJ/ES na reunião.

Os dois coordenadores da Comissão de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, da Contraf-CUT, e José Boaventura Santos, da CNTV, apresentaram vasto material. “A prefeita recebeu muitos estudos, projetos, propostas. Ademir entregou a ela um levantamento das leis sobre segurança bancária que há pelo país, Boaventura mostrou dados estatísticos, o Sindicato dos Bancários de Angra mostrou as leis que já foram aprovadas nos municípios vizinhos. Material não falta”, relata Garcez. Mesmo assim, a prefeita disse que vai precisar da nossa ajuda, não só técnica, para elaboração do projeto de lei, mas também para pressionar os vereadores a aprová-lo”, acrescenta o sindicalista.

Fonte: Da Redação - Fetraf-RJ/ES 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Bancários rejeitam proposta dos bancos e decidem greve a partir do dia 19


Nas assembleias realizadas nesta quinta-feira à noite em todo o país, os bancários rejeitaram a proposta de 6,1% de reajuste apresentada pela Fenaban e decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 19, conforme orientação do Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT.

Além de negar aumento real nos salários, pisos, PLR e todas as verbas salariais (os 6,1% apenas recompõem a inflação do período medida pelo INPC), a proposta da Fenaban ignora todas as reivindicações dos bancários sobre emprego, saúde e condições de trabalho, segurança e igualdade de oportunidades. 

"Nós advertimos os bancos na mesa de negociações que essa proposta era uma provocação. Um setor em que somente as seis maiores empresas tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre e mantêm a mais alta rentabilidade do planeta, graças ao aumento da produtividade de seus trabalhadores, acenar com uma proposta desse tipo é pra empurrar os bancários para a greve", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

"Apesar desse lucro recorde, os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a discutir esses problemas. Por isso, a única saída da categoria é a greve", acrescenta Cordeiro. 

Intensificar a mobilização

A Contraf-CUT está orientando as entidades filiadas a intensificarem a mobilização em todo o país. "Nos últimos anos os bancários têm demonstrado um grande poder de mobilização e de pressão e por isso conquistaram aumentos reais de salários e outros avanços econômicos e sociais. Somente uma greve muito forte da categoria fará os bancos melhorarem a proposta", conclui Carlos Cordeiro.

Segundo as informações recebidas pela Contraf-CUT até às 21h da quinta-feira, os bancários das bases dos seguintes sindicatos aprovaram a greve por tempo indeterminado a partir do dia 19:



SINDICATO
RESULTADO
São Paulo
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Rio de Janeiro
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Brasília
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Belo Horizonte
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Curitiba
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Porto Alegre
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Pernambuco
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Ceará
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Bahia
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Sergipe
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Alagoas
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Acre
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Paraíba
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Piauí
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Mato Grosso
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Campo Grande
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Espírito Santo
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Rondônia
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Maranhão
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Florianópolis
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Pará
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Niterói
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Campinas - SP
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Amapá
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
ABC Paulista
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Guarulhos
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Londrina
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Uberaba
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Campina Grande
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Vitória da Conquista
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Novo Hamburgo
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Bragança Paulista
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Limeira
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Alegrete
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Mogi das Cruzes
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Vale do Ribeira
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Piracicaba
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Sul Fluminense
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Rondonópolis
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Juiz de Fora
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Campo Mourão
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Cruz Alta
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Teresópolis
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Santa Maria
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Angra dos Reis
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Campos dos Goytacazes
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Bagé
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Macaé
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Santa Cruz do Sul
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Santa Rosa
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Dourados
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Araranguá
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Vale do Caí
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Apucarana
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Vale do Paranhana
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Extremo Sul da Bahia
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Naviraí
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Cornélio Procópio
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Paranavaí
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Toledo
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Umuarama
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Guarapuava
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
Arapoti
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19
São Miguel do Oeste
Rejeitou a proposta e aprovou greve a partir do dia 19


Calendário de luta

17 e 18 - Todos a Brasília para pressionar os deputados federais durante a audiência pública sobre o PL 4330 no plenário da Câmara.

18 - Assembleia organizativa para encaminhar a greve.

19 - Deflagração da greve nacional dos bancários por tempo indeterminado.

A proposta da Fenaban

Reajuste - 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc.)

PLR - 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado).

Parcela adicional da PLR - 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

Adiantamento emergencial - Não devolução do adiantamento emergencial de salário para os afastados que recebem alta do INSS e são considerados inaptos pelo médico do trabalho em caso de recurso administrativo não aceito pelo INSS.

Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho - Redução do prazo de 60 para 45 dias para resposta dos bancos às denúncias encaminhadas pelos sindicatos, além de reunião específica com a Fenaban para discutir aprimoramento do programa.

Adoecimento de bancários - Constituição de grupo de trabalho, com nível político e técnico, para analisar as causas dos afastamentos.

Inovações tecnológicas - Realização, em data a ser definida, de um Seminário sobre Tendências da Tecnologia no Cenário Bancário Mundial.

As reivindicações dos bancários

Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


Fonte: Contraf-CUT