segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Seminário sobre segurança bancária em Niterói/RJ apresenta propostas

O 1º seminário sobre Segurança Bancária realizado pelo Sindicato dos Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e região (SVNIT) no último dia 26/11 reuniu dezenas de participantes na Câmara de Vereadores de Niterói. Os Sindicatos dos Bancários de Niterói e região e dos Vigilantes de Duque de Caxias, Itaguaí e Petrópolis/RJ participaram dos debates. Foi aprovada uma pauta com propostas que serão levadas à Polícia Federal e aos bancos. 

O presidente do SVNIT, Cláudio José de Oliveira, destacou a importância do evento idealizado a partir de reivindicações dos trabalhadores. “Em muitas das nossas visitas às agências bancárias da nossa base detectamos que os vigilantes enfrentam muitos problemas não só nas condições de trabalho, mas também no relacionamento com alguns gerentes. O desvio de função também foi muito lembrado. A partir disso fizemos esse seminário que foi muito rico e elencou uma série de propostas que vamos levar a todos os órgãos competentes”, avaliou.

Representando o Sindicato dos Bancários de Niterói, Jorge Antônio Oliveira (Porkinho), lembrou a parceria entre o SVNIT e os Bancários e reforçou a confiança no trabalho da direção. “Me orgulho de ter contribuído para essa forte parceria. O SVNIT é uma entidade séria e de companheiros sérios. O Sindicato dos Bancários de Niterói estará sempre à disposição dos vigilantes para lutarmos juntos”, disse. Porkinho ainda falou sobre a necessidade de unificar as campanhas salariais das duas categorias. “Sonho com o dia em que teremos uma campanha salarial unificada entre vigilantes e bancários. Só assim teremos força capaz de enfrentar o poderio dos banqueiros e das empresas. Tenho também a certeza que a categoria vai conquistar o piso salarial único nacional como nós conquistamos após anos de muita luta. Hoje, um bancário do norte do país tem o mesmo salário que o bancário do sul”, relatou.

Carlos Gil, presidente do Sindicato de Duque de Caxias e diretor da CNTV, representou a Confederação Nacional no evento. Gil cobrou a participação dos trabalhadores nas demandas dos sindicatos e anunciou que vários sindicatos no Estado do Rio irão “apresentar uma proposta conjunta para a campanha salarial de 2017”.

A vigilante e presidente do Sindicato dos Vigilantes de Itaguaí e Seropédica/RJ, Vânia Lima, falou das perseguições que vem sofrendo e reafirmou o compromisso com a categoria. “Com ou sem ameaças estou pronta para defender e lutar pelos interesses da categoria”, afirmou.

A mesa dos debates ainda foi composta pelos representantes: Nilson Araújo (Sindicato Petrópolis) e George Almeida (Sindicato Duque de Caxias). 

Os Sindicatos ainda foram orientados a fiscalizar as agências bancárias para verificar os locais onde os vigilantes almoçam e trocam de roupas.

As propostas aprovadas por unanimidade pelos trabalhadores foram: 

- Intensificar a luta para acabar com horistas (já esta em andamento processo judicial).

- Fim do almoço nas agências apenas às 09h e 16h horas (SVNIT já acionou a justiça)

- Implantar vigilantes 24 horas nas agências bancárias (Projeto será apresentado nas Câmaras de Vereadores da região)

- Implantar vigilantes nos autoatendimentos

- Dialogar com os bancos sobre desvio de função dos vigilantes como abordagem de clientes no interior da agência

- Pedir fim da liberação de clientes após o fechamento das agências por gerentes

- Horas extras para os vigilantes que ficarem nas agências após o horário de expediente a pedido dos gerentes


- Manutenção permanente nas portas giratórias que apresentam problemas constantemente

Fonte: Imprensa SVNIT
Fotos: Willian Chaves


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

CNTV completa 24 anos: muitas conquistas a comemorar, apesar do ataque dos inimigos


A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) chega aos 24 anos de existência contabilizando vitórias determinantes para os mais de 2 milhões de vigilantes do Brasil. Foi Piso, risco de vida, 30% de periculosidade, o colete como EPI (primeiro no carro-forte, depois no patrimonial), reblindagem e a manutenção dos rádios nos carros-fortes, defesa e o reconhecimento legal da jornada 12x36, Dia Nacional do Vigilante (20 de junho), entre outras importantes conquistas. 

Ninguém pode negar que estas conquistas foram articuladas, coordenadas nacionalmente, conduzidas por uma entidade criada, bancada e sustentada por sindicatos de luta. O próprio processo de regulamentação da lei da periculosidade foi um exemplo disso, quando num grupo tripartite (governo, patrões e trabalhares) foi a CNTV que unificou a posição da bancada dos trabalhadores (de cinco), onde alguns defendiam parcelar os 30% até 2017 ou até deixar de fora os vigilantes desarmados, ou mesmo na luta contra o fim da 12x36, quando não aceitamos negociar outras escalas, enquanto alguns já negociavam escalas diversas, tipo a 4x4x4. 

Uma Confederação que unificava os Sindicatos (mesmo os amarelos ou pelegos), que liderou a conquista dos 30%, a reblindagem e não aceitava o fim da 12x36 e tinha a ousadia de já iniciar uma nova campanha pelo Piso de R$ 3 mil, o combate e a denuncia contra as empresas estrangeiras que escravizam os trabalhadores era uma “carreta desgovernada” e tinha de ser parada. 

A ideia dos patrões retrógrados, reacionários e antissindicais foi buscar num grupo de sindicalistas “cordeiros”, “amigos” e “dóceis” os aliados para dividir os trabalhadores e “parar a carreta desgovernada”. Neste grupo tem os que defendem que o vigilante “pague o curso de reciclagem”, os que são contra o Piso Salarial de R$ 3 mil e os que fazem sindicato como “negócio de família, negócio particular ou meio de ostentação”. Nunca a defesa dos interesses dos trabalhadores.

Nosso aniversário de 24 anos é motivo de muita comemoração. Muitas e determinantes conquistas. Mas também é motivo de reafirmar que só temos UM lado: o lado dos trabalhadores, o lado das e dos vigilantes. Não acendemos uma vela para Deus e outra para o diabo. Não traímos os vigilantes, não fazemos sindicato como meio de enriquecimento, não misturamos sindicato com negócios. Não baixaremos a guarda para patrão ladrão de direitos, caloteiro e explorador. 

Nossas posições são claras: 

Piso Salarial de R$ 3 mil; 

Não abrir mão da 12x36; 

Abertura ampla, geral e irrestrita para capital estrangeiro; 

Melhor armamento; 

Lei anticalote para todos; 

Plano de segurança para todos os postos e proteção a vida dos vigilantes. 

Conquistamos, avançamos e resistiremos aos patrões, aos ladrões de direitos dos vigilantes, aos caloteiros, pelegos e traidores dos vigilantes. 


José Boaventura – Presidente da CNTV 22 de novembro de 2016