Depois de não comparecer a uma
audiência na Gerência Regional do Trabalho em Petrópolis, o Sindesp/RJ mais uma
vez deu demonstrações claras que não quer negociar a campanha salarial 2013.
Uma mesa redonda estava agendada para a manhã desta sexta-feira, 22, no Ministério
do Trabalho e Emprego, no centro do Rio de Janeiro, entre o patronal e os
sindicatos dos vigilantes de todo Estado do Rio para discutir a ação de
dissídio que os patrões já impetraram na Justiça no intuito de desmobilizar a
categoria.
Desde o dia 17 de janeiro, data
em que foi apresentada aos empresários a pauta de reivindicações, nenhuma outra
reunião aconteceu. O sindicato patronal chegou e agendar uma data, mas
desmarcou posteriormente. Os empresários alegam que ofereceram a reposição da inflação
aos representantes da categoria, que contestam, já que houve sequer uma nova
reunião entre os sindicatos classistas e o patronal.
Os patrões, novamente, agem de má
fé e usando dos remédios judiciais para embargar a luta dos trabalhadores que
reivindicam seus direitos e melhores condições de trabalho. Toda manobra se
deve ao fato do patronato, no estado do Rio, não querer pagar o adicional de
periculosidade como manda a Lei 12.740/12, em vigor desde o dia 1º de janeiro
de 2013 em todo país.
Mesmo com o “bolo” dado pelo
patronal, os sindicatos dos vigilantes já estudam novas medidas contra as
empresas. Um novo encontro deverá ser agendado. A data base da categoria é 1º
de março e, a partir dela, várias manifestações deverão acontecer em todo
Estado.
Represálias
Não bastassem fugir das
negociações, os empresários ainda tem aplicado retaliações contra alguns
sindicatos. Todas as ações dos patrões serão questionadas na Justiça. Essas
represálias demonstram a vontade de engessar as entidades sindicais na busca
pelos direitos dos vigilantes.
Willian Chaves
Assessoria de Comunicação
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