terça-feira, 30 de abril de 2013

Vigilantes, bancários e comerciários discutem plano de ações conjunto


A Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio e Serviços (Contracs) se reuniram nesta segunda-feira (29) em São Paulo para discutir pautas de comuns aos três ramos. A reunião foi realizada no auditório da Contraf-CUT e já é resultado do Encontro do Macrossetor Comércio, Serviços e Logística, promovido pela CUT na primeira quinzena de abril.

Além do presidente da CNTV, José Boaventura, diretores da Confederação de todo o país participaram do encontro, garantindo representatividade regional para formular uma pauta condizente com a realidade de todos.

“Esse diálogo entre categorias é importante. São trabalhadores que, apesar de trabalharem no mesmo local, sofrem discriminação. São categorias diferentes, mas com problemas em comum como o adoecimento e condições precárias de trabalho. Além disso, as confederações participantes têm perfil de contato direto com a base”, ressaltou Boaventura.

Os participantes do encontro aprovaram um plano de ação conjunta. São 10 pontos que devem ser revistos em uma segunda reunião sem data a ser realizada, quando serão tratadas as questões práticas dessa agenda.
O secretário Geral da CNTV, João Soares, explicou que a intenção é realizar um trabalho em conjunto para melhorar as condições de trabalho dos terceirizados. “Com isso, vamos diminuir a precarização nos locais de trabalho, fazendo com que os terceirizados tenham os mesmos benefícios dos funcionários diretos daquela empresa”, destacou.

“Esse é um encontro histórico, onde três categorias importantes de um mesmo setor da economia sentam juntas para trocar experiências e pensar ações estratégicas conjuntas visando resolver problemas comuns", afirmou o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. "Estamos dando um passo importante na organização sindical dos ramos da CUT."

Plano de ação conjunta

Na reunião desta segunda-feira, os dirigentes das três confederações fizeram uma apresentação dos perfis das categorias de bancários, comerciários e vigilantes, procuraram identificar os problemas e desafios comuns, dando início à discussão de um plano de ação sindical conjunta. Nesse primeiro momento, os diretores da Contraf-CUT, Contracs-CUT e CNTV definiram que essa ação passa pelos seguintes temas:

> Combate ao projeto de terceirização que tramita no Congresso.

> Unificação da data-base.

>Construção de uma radiografia do setor e dos acordos coletivos das três categorias.

> Mobilização conjunta.

> Edição de jornal conjunto.

> Realização de Conferência Nacional dos Direitos do Consumidor.

> Fim da rotatividade no emprego.

> Isonomia de tratamento.

> Combate ao calote das empresas terceirizadas.

> Combate à insegurança nos bancos.

Os problemas e desafios levantados serão aprofundados pelos sindicatos das três categorias, cujas propostas serão trazidas para a próxima reunião. A ideia é ampliar a discussão para as demais categorias do macrossetor de serviços, comércio e logística.

Fonte: CNTV com Contraf-CUT

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Empresas de segurança são multadas em mais de R$800 mil


A Polícia Federal multou nesta quinta-feira (25) 334 empresas de segurança em R$ 889.301 por apresentarem problemas de diversas naturezas, durante a 96ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. As empresas foram punidas em processos abertos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), em função do descumprimento da Lei 7.102/83 e da Portaria 387/2006.

As principais irregularidades foram colete a prova de balas vencido, escola com número de vigilantes inferior ao necessário, armamento com problemas e cursos de formação com currículo insuficiente. A PF também aplicou multas e penalidades contra bancos que ultrapassaram os R$ 5 milhões, por descumprirem normas de segurança.

O valor e o perfil das multas, segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTV), José Boaventura, demonstram claramente que há uma distância muito grande entre o que a legislação determina e o que é feito pelas empresas. “Não há, por parte das empresas, responsabilidade e respeito ao trabalhador. O valor é significativo e o fato de a PF punir por arma quebrada, falta de colete e tantas outras coisas fundamentais, demonstra que não há zelo com a vida de seus empregados”, denunciou.

A CCASP é uma comissão tripartite, integrada por representantes dos trabalhadores, dos empresários e do governo. A representação dos trabalhadores vigilantes é feito pela CNTV. A reunião foi presidida pelo delegado Lucínio de Moraes Netto, que comunicou a saída do delegado Clyton Eustáquio Xavier da Coordenadoria-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP), em função de sua nomeação para a Superintendência da PF em Santa Catarina.

Fonte: CNTV

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Pesquisa nacional mostra que ataques a bancos cresceram 56,89% em 2012



Os ataques a bancos cresceram 56,89% em 2012 e atingiram 2.530 ocorrências em todo país, uma média assustadora de 6,92 por dia. Aconteceram 773 assaltos (inclusive com sequestro de bancários e vigilantes), consumados ou não, o que representou um aumento de 18,22% em relação ao ano anterior. E foram apurados 1.757 arrombamentos de agências, postos de atendimento e caixas eletrônicos, um crescimento estrondoso de 83,21%. Em 2011, foram registrados 1.612 ataques, sendo 653 assaltos e 959 arrombamentos.

Os números são da 4ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio técnico do Dieese, a partir de notícias da imprensa, estatísticas de Secretarias de Segurança Pública (SSP) e dados de sindicatos e federações de vigilantes e bancários de todo país.

O levantamento foi coordenado pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, com o apoio do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, da Federação dos Vigilantes do Paraná e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT/PR). O total de casos foi certamente ainda maior devido à dificuldade de levantar informações em alguns estados e pelo fato de que nem todas as ocorrências são noticiadas.

A pesquisa foi lançada na manhã desta quarta-feira-feira (24), durante entrevista coletiva, em Brasília, com a participação de dirigentes das entidades.

Ataques por estados e por regiões

São Paulo é o estado que lidera o ranking, com 492 ataques. Em segundo lugar aparece Minas Gerais, com 301, em terceiro Paraná, com 214, em quarto Bahia, com 210, e em quinto Mato Grosso, com 185.
Já a região Sudeste, onde se encontra a maioria das agências, registrou o maior número de ações criminosas contra bancos, com 877 ocorrências, o que representa 35% do total de 2.530 ataques. Em seguida aparecem as regiões Nordeste, com 650 (26%); Sul, com 519 (20%); Centro-Oeste, com 350 (14%); e Norte, com 134 (5%).
Radiografia da violência nos bancos
"Essa radiografia da violência é fruto de um esforço conjunto das entidades sindicais dos vigilantes e bancários, a fim de revelar dados concretos sobre a falta de segurança nos bancos, que tanto assusta os trabalhadores e a população, e buscar soluções para proteger a vida das pessoas", afirma o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

"Esses dados são alarmantes e serão levados para o debate com os bancos, as empresas de segurança e a sociedade, bem como para a construção do projeto de lei de estatuto de segurança privada, que se encontra em andamento no Ministério da Justiça, a fim de atualizar a lei federal nº 7.102/83 que está completando 30 anos e se encontra defasada", destaca.

"Trata-se de mais um diagnóstico preocupante da insegurança nos bancos, reforçando a necessidade de medidas preventivas contra assaltos e sequestros, pois esses ataques deixaram um rastro de mortes, feridos e traumatizados", aponta o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

"Esperamos que esses dados reforcem as propostas dos bancários para o projeto-piloto de segurança bancária, a ser implantado pelos bancos em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, visando testar medidas de prevenção para combater esse perigoso crescimento da violência", completa.

"O aumento de ataques a bancos, sobretudo de arrombamentos, tem muito a ver com a onda de explosões de caixas eletrônicos, muitos instalados em locais inseguros e desprovidos de equipamentos de segurança", explica o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares. "O Exército precisa melhorar a fiscalização e o controle do transporte, armazenagem e comércio de dinamite", aponta.

"Os bancos não podem jogar a responsabilidade dos assaltos e arrombamentos para a segurança pública, mas precisam assumir a sua parte, uma vez que muitos ataques ocorrem por causa das instalações vulneráveis dos seus estabelecimentos e da política de empurrar clientes para utilizar correspondentes, onde não têm bancários nem vigilantes", alerta o diretor da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

Carência de investimentos dos bancos

Conforme estudo feito pelo Dieese, com base nos balanços publicados em 2012, os seis maiores bancos lucraram R$ 51,3 bilhões e aplicaram R$ 3,1 bilhões em despesas com segurança e vigilância, o que representa uma média de 6,1% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança.

"Esses dados dos balanços são bem inferiores aos números que os bancos divulgam na grande mídia, mas sem nenhuma transparência nem qualquer detalhamento. Os bancos dizem que estão preocupados com a segurança, mas gastam muito pouco diante de seus lucros gigantescos", salienta Otávio Dias, presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba.

A Caixa Econômica Federal foi a instituição que mais investiu em segurança em 2012 em relação ao lucro, atingindo 11,3%. Já o Itaú Unibanco, apesar de ter obtido o maior lucro do sistema financeiro, foi o que menos investiu no período na mesma comparação, com apenas 3,6%.

“Os bancos têm que parar de olhar as despesas de segurança e vigilância como custos, mas sim como investimentos que precisam ser aumentados. A vida das pessoas tem que ser colocada em primeiro lugar, pois é o patrimônio mais valioso que existe na face da terra", aponta Boaventura.

"Os estabelecimentos financeiros não podem ser frágeis, colocando em risco a vida de trabalhadores e clientes, que acabam sendo vítimas de assaltantes cada vez mais ousados, aparelhados e explosivos", enfatiza Carlos Cordeiro.

Fonte: CNTV

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Lei de Brasília contra a saidinha bancária fortalece a luta de vigilantes pela vida


O Governador Agnelo Queiroz sancionou a Lei 5.086, de 25 de março de 2013, de autoria dos deputados distritais Chico Vigilante e Liliane Roriz, dispondo sobre a instalação de cabines de proteção visual nas agências e postos de autoatendimento bancários no Distrito Federal. A lei obriga a instalação de divisórias individuais de proteção visual aos clientes nesses locais, permitindo o sigilo das operações bancárias.

Além disso, considera postos de autoatendimento os caixas eletrônicos instalados fora do espaço físico dos estabelecimentos; fixa multa de R$ 500 por dia por descumprimento; concede prazo de 180 para adaptação à nova lei; e delega ao órgão de defesa do consumidor a tarefa de fiscalização e aplicação de penalidades.

A lei está inserida nas propostas de melhoria da segurança de vigilantes, bancários e usuários do sistema financeiro, elaboradas em conjunto pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Se as divisórias já estivessem instaladas em todas as agências e postos de autoatendimento bancário no país, por certo não teríamos tantas mortes nos bancos”, afirma o presidente da CNTV, José Boaventura.

“O Sindicato dos Vigilantes do DF entende que a lei é louvável. Agradecemos ao deputado Chico Vigilante por ter apresentado o texto, e tamLei de Brasília contra a saidinha bancária fortalece a luta de vigilantes pela vida vem ao governador Agnelo Queiroz, por entender a necessidade de termos uma lei desse tipo para proteger a vida de clientes, usuários, bancários e vigilantes”, destacou o presidente do Sindicato dos Vigilantes do DF e secretário de Finanças da CNTV, Jervalino Bispo.

Vigilantes e bancários comemoram

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Brasília) e do Sindicato dos Bancários de Brasília, Rodrigo Britto, afirma que a aprovação da lei é um passo muito importante, pois prevê a instalação de um dos principais equipamentos de prevenção para combater o crime de saidinha de banco.

“Já existem experiências de instalação em outras cidades que acarretaram em uma redução drástica nas ocorrências de saidinha de banco. Nossa esperança é que o DF acompanhe e que os números de vítimas desse crime diminuam de forma significativa”, afirmou.

Segundo o coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária e secretário de Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, em João Pessoa, na Paraíba, o índice de saidinha de banco caiu 90% depois das instalações das divisórias.

“Assim como aconteceu em João Pessoa, essa medida deve derrubar, no DF, as estatísticas da saída de banco. A medida tem se mostrado eficaz, uma vez que impede a visualização dos saques por olheiros”, explicou.

Segundo Ademir, é a saidinha de banco a responsável pelo maior número de mortes em assaltos a bancos.

“Uma pesquisa realizada em parceria entre a Contraf-CUT e a CNTV apontou 57 mortes em 2012, sendo que 30 foram em crimes de saída de banco”, disse.

Primeiro passo

A aprovação da lei no Distrito Federal é o primeiro passo, na capital do país, no combate ao crime de saidinha de banco. Isso se dá no momento em que vigilantes e bancários intensificam o debate sobre os investimentos dos bancos em segurança,
como a contratação de mais vigilantes e reversão das demissões desses profissionais no Banco do Brasil.

“Propomos também a instalação de câmeras internas e externas, com monitoramento em tempo real fora do local controlado. Isso ajudará na identificação dos suspeitos, além de
inibir o ataque dos criminosos”, explicou Ademir.

Outra medida, segundo Boaventura, é a colocação de porta giratória antes do autoatendimento. “Esse espaço, onde ocorre a maioria das transações bancárias, deve ser seguro para proteger a vida dos trabalhadores, clientes e usuários”, afirma.

Fonte: CNTV