terça-feira, 10 de março de 2015

Vigilantes conquistam 9% de reajuste salarial, 27% no tíquete refeição e benefícios sociais

Após várias rodadas de negociação e o sindicato recusar a proposta dos patrões de 8% de aumento salarial as negociações avançaram e o sindicato já encaminha a assinatura da convenção coletiva com o reajuste salarial dos vigilantes de 9% no piso e 27% no tíquete refeição.

Com o reajuste, o salário, que já começou a vigorar no dia 1° de março, passa dos atuais R$1.066,04 para R$ 1.162,00 (9% de reajuste). Com o aumento, os 30% de periculosidade passam a valer R$ 348,60. Portanto, o salário somado o piso e a periculosidade passa a ser de R$ 1.510,60. Todos os cálculos de hora noturna, hora extra e férias serão feitos em cima desse valor.

O tíquete refeição também teve um ganho considerável: pulou dos atuais R$ 13,00 para R$ 16,50 (27% de aumento). A proposta inicial dos patrões contemplava apenas 25% de reajuste. As negociações arrancaram mais 2%, sendo o maior aumento no tíquete refeição de todo Brasil.

Outros ganhos importantes também foram conquistados na campanha salarial 2015:

- 20% de gratificação para vigilantes motoristas e motociclistas que atuam dentro de condomínios;

- inclusão da Convenção Coletiva de Trabalho a licença por motivos de saúde correndo os 30 (trinta) dias por conta da empresa. Ou seja, mesmo que a Medida Provisória 664 instituída pela Presidenta Dilma seja derrubada, os vigilantes já garantiram o prazo de 30 dias de afastamento do emprego por motivos de saúde pagos pela empresa. Pela nova regra, o trabalhador só necessitará ser atendido pela perícia médica do INSS a partir do 31º dia;

- Benefício social familiar para os vigilantes (esta conquista vai permitir aos vigilantes terem direito a oito benefícios que serão divulgados posteriormente);

- 20% de reajuste para os vigilantes que atuam em eventos. Hoje, o valor é de R$ 100,00, com o aumento passa a ser R$ 120,00.

- Seguro de Vida para os vigilantes com a indenização não mais pelo piso, mas sim pela última remuneração recebida pelo trabalhador. Para cobertura de morte natural, ocorrida em serviço ou não, o Seguro de Vida será na proporção de 26 (vinte e seis) vezes a remuneração do vigilante, verificado no mês anterior. Para cobertura de morte acidental e invalidez permanente total ou parcial em serviço, o Seguro de Vida Acidental será na proporção de 55 (cinquenta e cinco) vezes a remuneração do vigilante, verificado no mês anterior.

Estas e outras conquistas só foram possíveis graças ao endurecimento do Sindicato durante as negociações. Desde o início os patrões foram irredutíveis quanto às concessões de benefícios e reajustes. As rodadas de negociações exigiram habilidade dos representantes dos trabalhadores.

O presidente do Sindicato, Carlos Gil, lembrou ainda que foi Duque de Caxias que apresentou uma proposta de montar um pacote de benefícios sociais para os vigilantes.

"Como em nosso sindicato já estávamos em adiantada negociação com o Benefício Social Familiar, levamos a proposta para a mesa de negociação e conseguimos avançar. Uma importante vitória dos vigilantes. Nosso reajuste é um dos maiores conquistados em 2015 entre vários Estados. O poder de negociação dos dirigentes sindicais é muito importante para avançar nas conquistas sem prejudicar os trabalhadores", revela Carlos Gil. 

Willian Chaves - Imprensa Sindical RJ - wmcnoticias@gmail.com

Um comentário:

  1. Vocês do sindicatos não resolvem nada vocês parecem urubu em cima da carniça

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