O Sindicato dos Vigilantes de
Duque de Caxias acionou o Departamento da Polícia Federal em Nova Iguaçu para
denunciar a contratação irregular de controladores de acesso no lugar de
vigilantes por parte da empresa SuperVia Trens Urbanos, responsável pelo
transporte sobre trilhos que interliga a capital Rio de Janeiro aos municípios
da Baixada Fluminense.
Em resposta ao questionamento do
Sindicato no último dia 24/06, a Polícia Federal informou que uma Equipe da
Comissão de Vistoria da PF esteve no local para checar a atuação dos controladores
na estação da SuperVia em Gramacho, Duque de Caxias.
A PF disse ter ouvido dois
trabalhadores que afirmaram trabalhar como controladores, até mesmo abordando
passageiros que embarcam irregularmente pela plataforma, ou seja, sem pagar a
passagem.
No entanto, a resposta da PF é inconclusiva,
uma vez que ela identifica a atividade irregular, mas não aponta nenhum tipo de
punição ou multa à empresa Predial Soluções Integradas (Top Service), contratada
pela Supervia, sobre o desvio de função.
Em novo contato com a PF, o presidente
do Sindicato dos Vigilantes de Duque de Caxias, Carlos Gil, agradeceu a
fiscalização que confirmou a contratação irregular dos controladores de acesso.
De acordo com Gil, no CBO
(Classificação Brasileira de Ocupações) não existe a profissão de controlador
de acesso. A função é desempenhada pelo Vigilante que é treinado para tal
serviço e é quem, de fato, deve fazer todo controle e guarda do local.
“As empresas utilizam da
contratação de controlador de acesso para pagar salários menores e explorar os
trabalhadores. Elas tiram o emprego dos vigilantes que passam por cursos de
formação e são treinados para a função. Contamos mais uma vez com a colaboração
da Polícia Federal para acabar com a exploração dos trabalhadores por parte
dessas empresas que usam de artimanhas para contratar mão de obra barata, porém
não qualificada colocando a vida de todos em risco”, afirma Carlos Gil,
presidente do Sindicato.
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