terça-feira, 14 de maio de 2013

Vigilantes da Reduc tiveram risco de vida cortado e Sindicato vai cobrar benefício na Justiça


O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Duque de Caxias, Carlos Gil, percorreu os postos de vigilância da Reduc – Refinaria Duque de Caxias para levantar quais empresas cumpriram a Convenção Coletiva de Trabalho, assinada em abril, efetuando o pagamento do adicional de risco de vida. No local, cerca de 1,5 mil homens trabalham para diferentes empresas de segurança. As notícias colhidas não foram boas. Cerca de 10 postos foram visitados pelo presidente e as respostas foram parecidas.
O principal problema foi detectado no posto da Nacional Gás, onde os vigilantes da empresa VigBan, além de não terem recebido a complementação do adicional de risco de vida, totalizando 30%, tiveram descontados em seus salários a porcentagem paga nos meses anteriores. A medida da VigBan é ilegal e prejudica os vigilantes que reclamaram que não tiveram benefício algum com o reajuste salarial conquistado em 2013.
Já os vigilantes da empresa Juiz de Fora, também não receberam o adicional completo e tiveram cortado do seu contracheque os 14% de adicional referente ao parcelamento do risco de vida que vinha sendo pago desde o ano de 2010. Em vista ao posto da Derio (Depósito de Supply House do Rio de Janeiro), o presidente Carlos Gil lembrou aos vigilantes que foi através de mobilização do Sindicato que os funcionários que atuam naquele posto passaram a receber o adicional de periculosidade como nos demais postos de serviço da Reduc.

Em outros locais também foram identificados problemas com os pagamentos. As empresas descumprem descaradamente a Cláusula xx de Convenção Coletiva de Trabalho assinada junto ao Sindicato patronal.
Vigilantes da Prossegur, posto da empresa Nitriflex , e da Maxx Segurança também tiveram os pagamento do adicional de risco de vida suspensos pela empresa. Na Maxx, até o dia 14 de maio, os trabalhadores não haviam recebido o contracheque para avaliarem se a empresa cortou o pagamento dos 14% do parcelamento do risco de vida.
No posto da Texaco, o presidente Carlos Gil se encontrou com o diretor do Conselho Fiscal do Sindicato, João Batista, onde cobrou um posicionamento da empresa. De acordo com os levantamentos, a empresa discriminou no contracheque o pagamento do adicional de risco de vida e deixou de pagar a periculosidade para os vigilantes.
O Sindicato dos Vigilantes de Caxias entende que as empresas de segurança que prestam serviço dentro da Reduc descumprem a Convenção Coletiva desrespeitando as leis trabalhistas e prejudicando os trabalhadores.

“Fizemos esse levantamento para saber quais empresas cumprem a nossa CCT. Infelizmente, nenhuma empresa que atua nos locais onde visitamos pagou o salário e os benefícios completos conquistado pelos vigilantes. Detectamos também que na maioria dos postos os vigilantes tem trabalhado em dupla ou até tripla função: são vigilantes patrimoniais, controlam acessam de veículos e pessoas e são, em alguns casos, recepcionistas. Isso é contra a lei e um desvio de função. Vamos acionar todas as empresas que exploram os trabalhadores”, declara Carlos Gil, presidente do Sindicato.
Gil afirmou ainda que vai acionar na Justiça as empresas de segurança exigindo o pagamento do adicional de risco de vida. “Vamos lutar pelos direitos dos trabalhadores. Desde 2010 as empresas pagavam periculosidade mais risco de vida. E agora, simplesmente decidiram tirar esse benefício do trabalhador. O Juiz do Trabalho vai cobrar das empresas e eles terão que pagar tudo retroativo aos vigilantes. Nosso sindicato vai lutar pelos vigilantes da Reduc até o fim”, assume Gil.
Nos próximos dias as empresas serão comunicadas oficialmente pelo Sindicato sobre a visita e os levantamentos feitos nos postos. O Sindicato espera uma solução o mais breve possível para o impasse.

 
Assessoria de Comunicação

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