O principal problema foi
detectado no posto da Nacional Gás, onde os vigilantes da empresa VigBan, além
de não terem recebido a complementação do adicional de risco de vida, totalizando
30%, tiveram descontados em seus salários a porcentagem paga nos meses
anteriores. A medida da VigBan é ilegal e prejudica os vigilantes que
reclamaram que não tiveram benefício algum com o reajuste salarial conquistado
em 2013.
Já os vigilantes da empresa Juiz
de Fora, também não receberam o adicional completo e tiveram cortado do seu
contracheque os 14% de adicional referente ao parcelamento do risco de vida que
vinha sendo pago desde o ano de 2010. Em vista ao posto da Derio (Depósito de
Supply House do Rio de Janeiro), o presidente Carlos Gil lembrou aos vigilantes
que foi através de mobilização do Sindicato que os funcionários que atuam
naquele posto passaram a receber o adicional de periculosidade como nos demais
postos de serviço da Reduc.
Em outros locais também foram
identificados problemas com os pagamentos. As empresas descumprem
descaradamente a Cláusula xx de Convenção Coletiva de Trabalho assinada junto
ao Sindicato patronal.
Vigilantes da Prossegur, posto da
empresa Nitriflex , e da Maxx Segurança também tiveram os pagamento do
adicional de risco de vida suspensos pela empresa. Na Maxx, até o dia 14 de
maio, os trabalhadores não haviam recebido o contracheque para avaliarem se a
empresa cortou o pagamento dos 14% do parcelamento do risco de vida.
No posto da Texaco, o presidente
Carlos Gil se encontrou com o diretor do Conselho Fiscal do Sindicato, João
Batista, onde cobrou um posicionamento da empresa. De acordo com os
levantamentos, a empresa discriminou no contracheque o pagamento do adicional
de risco de vida e deixou de pagar a periculosidade para os vigilantes.
O Sindicato dos Vigilantes de
Caxias entende que as empresas de segurança que prestam serviço dentro da Reduc
descumprem a Convenção Coletiva desrespeitando as leis trabalhistas e
prejudicando os trabalhadores.
“Fizemos esse levantamento para
saber quais empresas cumprem a nossa CCT. Infelizmente, nenhuma empresa que
atua nos locais onde visitamos pagou o salário e os benefícios completos
conquistado pelos vigilantes. Detectamos também que na maioria dos postos os
vigilantes tem trabalhado em dupla ou até tripla função: são vigilantes
patrimoniais, controlam acessam de veículos e pessoas e são, em alguns casos,
recepcionistas. Isso é contra a lei e um desvio de função. Vamos acionar todas
as empresas que exploram os trabalhadores”, declara Carlos Gil, presidente do
Sindicato.
Gil afirmou ainda que vai acionar
na Justiça as empresas de segurança exigindo o pagamento do adicional de risco
de vida. “Vamos lutar pelos direitos dos trabalhadores. Desde 2010 as empresas
pagavam periculosidade mais risco de vida. E agora, simplesmente decidiram
tirar esse benefício do trabalhador. O Juiz do Trabalho vai cobrar das empresas
e eles terão que pagar tudo retroativo aos vigilantes. Nosso sindicato vai
lutar pelos vigilantes da Reduc até o fim”, assume Gil.
Nos próximos dias as empresas
serão comunicadas oficialmente pelo Sindicato sobre a visita e os levantamentos
feitos nos postos. O Sindicato espera uma solução o mais breve possível para o
impasse.
Assessoria de Comunicação
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