A Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT), junto a representantes das
federações, participou nesta quarta-feira (10) de reunião na DICOF,
departamento da Polícia Federal (PF) que regulamenta a atuação da segurança
privada no país.
Já no local, para surpresa dos
presentes, foi informado a extinção – por decreto do atual governo – do
Conselho Consultivo para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), instância
tripartite criada no governo democrático popular, que apesar de não ser
deliberativa, era uma instância que permitia representação e inclusão de pautas
de interesses dos trabalhadores.
Para o coordenador do Coletivo de
Segurança Bancária da Contraf-CUT, Elias Jordão, que fez coro às demais
entidades ao lamentar o fim do CCASP, esta iniciativa se soma a todo o desmonte
em curso das instâncias que dão voz aos trabalhadores e suas representações e
que precisa ser revista.
Segundo os representantes da PF,
o fim do CCASP se deu na esteira de um decreto do presidente Bolsonaro que
extinguiu vários conselhos tripartites alegando corte de custos ou
desimportância destes conselhos. “Este conselho discute o tema mais importante
da sociedade que é a segurança e a vida das pessoas e o custo são das entidades
participantes”, lembrou Jordão.
Ainda segundo os representantes
da PF, o governo havia pedido dados do conselho, o que gerou expectativas da
própria PF de continuidade, mas diferentemente de alguns outros conselhos que
foram retomados, a CCASP foi finalizada por decreto, com proposta de criação de
um outro conselho em outro formato por Projeto de Lei, o que além de demorar,
deve ter um controle maior do governo.
Todas as entidades presentes além
de manifestarem seu repúdio, defenderam a necessidade de enviar um documento em
conjunto cobrando o restabelecimento de um novo conselho com participação mais
ampla dos trabalhadores e da sociedade.
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