O senador Paulo Paim (PT-RS), que tem lutado para defender o
interesse dos trabalhadores na reforma da Previdência, afirmou na quinta-feira
(19) que o maior crime do texto que tramita na Casa, depois de ter sido
aprovado em primeira votação na Câmara dos Deputados, é o fim da aposentadoria
especial.
“Vigilantes, guardas de trânsito, guardas municipais,
eletricitários, quem trabalha com produtos químicos e explosivos… Retiram da
Constituição a palavra ‘periculosidade’. Ou seja, proíbem quem trabalha em área
de alto risco, com essa supressão, e deixam lá depois, afirmando que é proibido
aposentadoria por periculosidade. Isso para mim é o maior crime que essa
reforma comete”, disse à Rádio Senado.
O texto da reforma da Previdência estabelece regras mais
brandas de aposentadoria para policiais federais, civis, agentes penitenciários
e educativos. Além de policiais militares, e bombeiros.
O texto retira do regime especial os guardas municipais,
vigilantes e agentes de trânsito que passam a ficar sujeitos às mesmas regras
dos demais servidores, 62 anos para as mulheres e 65 para os homens, com 25
anos de contribuição.
O secretário da Federação Nacional dos Sindicatos de Guardas
Municipais do Brasil, José Rogério, disse que a diferença na aposentadoria
desses trabalhadores não é um privilégio, mas uma necessidade
“Não faltam evidências de que nós, guardas municipais, somos
submetidos a condições excepcionais na nossa árdua tarefa de garantir a
segurança da população. Longe, mas longe mesmo de querermos privilégio, ou
somente um direito. A aposentadoria especial para os guardas é inegavelmente
uma questão de justiça. E infelizmente tanto o governo federal quanto a Câmara
dos Deputados cometeram uma tremenda injustiça.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário